Como em qualquer outra profissão, na Odontologia há quem se de muito bem financeiramente e quem se de muito mal. As faculdades não preparam os alunos para a parte empresarial, nem sempre excelentes dentistas conseguem um equilíbrio financeiro, mas há os que ficam milionários.

Veja abaixo uma lista de dentistas que fazem parte da lista dos homens mais ricos do mundo:

PAULO MALÓ

Para quem não conhece, este dentista português de 48 anos montou o maior império ligado à Odontologia, possui filiais em TODOS os continentes. Do Brasil à Tókio, Maló gaba-se de possuir a maior clínica dentária do mundo, humildemente explica que pode confirmar este dado por também ser dono da segunda, terceira e quarta.

Em apenas 15 anos montou sozinho uma empresa familiar que fatura 100 milhões de Euros por ano e, segundo o próprio, em 2020 a previsão é de 1 bilhão de Euros anualmente. Sublinha que se este objetivo for cumprido em 2015, então dentro de dez anos espera atingir os 2 bilhões de Euros (declaração em entrevista para a Rádio TSF).

Para atingir este sucesso, além de uma excelente veia empresarial e uma mão excelente para cirurgia, Paulo Maló e sua equipe inventaram uma técnica revolucionária de implantes dentários, onde garante QUASE 100% DE SUCESSO. Já patenteou 16 técnicas e formou centenas de dentistas que colaboram diretamente com a MALO CLINIC Health Group.

Possuidor de um carisma muito grande, Paulo Maló é um dentista controverso. Reconhecido mundialmente, em Portugal ainda é visto com cepticismo por muitos colegas. Já sofreu processos na Ordem dos Médicos Dentistas e cumpriu suspensão. Talvez algumas declarações como a que fez para a revista Visão também não ajudem muito: prefiro atender 1 cliente que possa pagar do que 1 milhão de pacientes que não tenham dinheiro.

Os preços cobrados nas clínicas dentárias do Paulo Maló não são baratos, por menos de dez mil euros o cliente não fica com a boca cheia de dentes. E não são poucos os artistas, famosos e políticos que procuram seus serviços e estão dispostos a pagar qualquer preço por um sorriso novo. Todos os anos, milhares de europeus deslocam-se à Portugal para fazer turismo odontologico no SPA do grupo.

Segundo o próprio Paulo Maló, a MALO CLINIC Health Group é a Microsoft da Odontologia.

Veja uma entrevista com Paulo Maló:

GENINHO THOMÉ

Quando decidiu seguir a carreira de dentista, nos anos 70, o paranaen­se Geninho Thomé não tinha a menor pretensão de fazer fortuna. Estudou odontologia para consertar alguns sorrisos e, se sobrasse algum dinheirinho no fim do mês, melhor. E assim foi levando a vida.

Abriu o primeiro consultório na cidade de Santa Helena, no extremo oeste do Paraná, e, mais tarde, especializou-se em implantes, então coisa de gente rica. Três décadas depois, Geninho Thomé é um dos 54 bilionários brasileiros, com fortuna estimada em 1,2 bilhão de reais.

Ele é dono da sétima maior fortuna do mercado de saúde — e, sem grandes surpresas, o único dentista de uma lista recheada de médicos, engenheiros, economistas. A fonte da fortuna de Geninho é a Neodent, fabricante de implantes dentários que ele fundou em 1993 e vendeu à suíça Straumann, líder mundial no mercado de implantes, em duas parcelas — de 550 milhões e 680 milhões de reais. O último cheque foi assinado no início de abril.

Como uma desconhecida fabricante de implantes dentários pôde fazer de seu fundador um bilionário? O Brasil é a pátria dos implantes. Segundo a associação da indústria de equipamentos médicos, cerca de 2,5 milhões de implantes são usados por ano no Brasil, o que coloca o país na posição de segundo maior mercado do mundo, atrás dos Estados Unidos.

Mas com maiores taxas de crescimento — cerca de 15%, ante 10%. A Neodent é a líder do mercado brasileiro, com 37% de participação, o que garantiu a ela um faturamento de 258 milhões de reais em 2014. Já a Straumann é uma gigante mundial presente em 70 países, com capital aberto na bolsa da suíça e faturamento equivalente a 2,2 bilhões de reais.

Sua maior e mais importante operação hoje é a Europa, onde os implantes já são amplamente difundidos e cuja demanda, portanto, está estagnada. Nesse contexto, investir no Brasil foi uma escolha lógica — e a Neodent virou o alvo preferido.

Geninho Thomé começou a fabricar implantes depois de ir a um curso de especialização nos Estados Unidos e constatar que fabricá-los não era nada de outro mundo. Mas, no Brasil, os poucos implantes disponíveis eram importados e custavam mais de 1?000 reais, o que reduzia muito o público potencial.

Thomé importou a tecnologia e as máquinas do exterior e as colocou em seu consultório para fabricar implantes por conta própria — eles consistem basicamente num pino de titânio revestido de esmalte e encaixado na mandíbula do paciente. Mesmo com o processo totalmente artesanal, o preço médio dos implantes caiu quase 80%.

Aos poucos, a novidade se espalhou entre os colegas de profissão, que passaram a comprar as peças de Thomé. “Eu não tinha nenhuma ambição de fazer uma grande empresa. Queria apenas atender às minhas necessidades”, diz. Meio que sem querer, Thomé conseguiu mudar a cara do mercado e permitir que uma fatia maior da população pudesse pagar pelos implantes. Quando ele começou, as peças custavam de 500 a 1?000 dólares. Hoje, são vendidas por uma média de 100 reais.

Em 1998, Thomé construiu a primeira fábrica, em Curitiba, para produzir 20?000 peças por ano. Em 2007, abriu a unidade atual, hoje com capacidade de 1,3 milhão de peças. A Neodent havia virado a maior do setor no país, mas ainda era administrada por Thomé, responsável pelo desenvolvimento dos produtos, e por Clemilda Thomé, sua mulher na época, responsável pelas finanças da companhia.

Com margem operacional de 40%, Thomé rechaçou investidas de fundos de investimento e de grandes empresas do setor. Mas o mercado começou a mudar. Em 2009, a segunda maior fabricante de implantes do país, a SIN Implantes, foi comprada pelo fundo de private equity argentino Sourthern Cross.

De lá para cá, abriu unidades em 14 países e acelerou também o crescimento no Brasil — onde já tem 25% do mercado, ante cerca de 37% da Neodent. Ao mesmo tempo, Thomé percebeu que fazer da Neodent uma empresa global de implantes dentários era mais difícil do que ele imaginava. “Comecei a abrir unidades em outros países e percebi que não teria dinheiro nem capacidade de gestão para competir lá fora”, diz Thomé. Com tudo isso na mesa, ele viu que era hora de atrair um sócio para continuar a expansão da empresa.

O contrato de aquisição da primeira parte da Neodent pela Straumann foi assinado em 2012, para a compra de 49% das ações por 550 milhões de reais. Nele já estava prevista uma opção de compra de mais 26% em 2015 e o restante em 2018, mas a Straumann preferiu antecipar as coisas.

Pelo acordo fechado em abril, Thomé continua­rá na empresa por mais dois anos, como presidente científico. “Ele desenvolveu um produto de qualidade e acessível aos brasileiros. Nosso produto é mais caro. O da Neodent é mais competitivo nesse mercado”, afirma o suíço Mattias Schupp, desde de dezembro presidente da Neodent.

Apesar da aquisição, as duas marcas serão independentes, até porque atuam em segmentos diferentes. Os planos de internacionalização da companhia vão se acelerar. Neste ano, a Neodent vai abrir filiais no Canadá, na Colômbia e na Argentina. Pelos planos da Straumann, 40% do crescimento deverá vir de fora do Brasil. Hoje, apenas 10% da produção da companhia é exportada.

HERMAN OSTROW

O Dr. Herman Ostrow é um norte americano residente em Los Angeles, onde nasceu, cresceu e se formou. Formou-se em Odontologia em 1945 e serviu o exército durante alguns anos, antes de montar o seu consultório particular.

Exerceu a Odontologia em tempo integral durante 17 anos, quando começou a investir no mercado imobiliário e de construção civil. Tornou-se um milionário com uma fortuna avaliada em 110 milhões de dólares. O Dr. Herman também ficou muito conhecido pelas ações sociais e doações que fez ao longo da vida para intituições de caridade e de pesquisa. Em 2010, um ano antes de falecer, fez uma doação de 35 milhões de dolares para a faculdade de Odontologia onde estudou.

RICHARD MALOUF

O Dr. Richard Malouf é o fundador e proprietário da rede de clínicas odontológicas All Smiles Dental Clinics, que esta presente em todo o território norte americano.

Além de dentista, Richard é um empreendedor nato, sua fortuna não vem apenas da sua rede de clínicas, mas também de muitos outros empreendimentos. É conhecido pela sua criatividade e inovações no mundo dos negócios e sua fortuna esta avaliada em vários bilhões de dólares.

Abaixo uma foto da mansão onde mora com a esposa e dois filhos:

DAN FISCHER

O Dr. Dan Fischer é outro norte americano bilionário de carteirinha. É presidente e CEO da Ultradent, empresa de produtos dentais e de saúde. O Dr. Dan conta em sua biografia que nunca teve pretenções de ficar milionário, começou sua carreira como outro dentista qualquer, mas estava sempre em busca de soluções inovadoras para melhorar os tratamentos odontológicos e benificiar os consumidores.

Sua fortuna começou a ser feita quando criou os primeiros produtos de clareamento dentário, numa época em que a Odontologia estética estava dando os primeiros passos. Especialista em dentística, também desenvolveu produtos hemostáticos (Astringedent) emais tarde o Vicostat. Sua fortuna está avaliada em 5 bilhões de dólares.

ROBINSON SHIBA

Lavar pratos e entregar pizzas nos Estados Unidos deu ao empresário Robinson Shiba a visão do negócio que hoje, após 24 anos, se tornou a maior rede de fast food chinesa do Brasil. A China in Box possui mais de 150 lojas espalhadas por todo o território nacional.

Shiba morou durante um ano no exterior para estudar Odontologia, mas foi no trabalho em restaurantes que ele percebeu uma tendência que logo chegaria ao Brasil: o consumo de comida pronta.

Além disso, as mulheres norte-americanas já estavam muito integradas no mercado de trabalho, algo que começava a acontecer no Brasil. “Fiz uma pesquisa informal com mulheres do meu círculo de amizades e notei que nenhuma delas queria ficar em casa e fazer serviços domésticos”, afirma.

Ao perceber o sucesso que as redes de fast food com entrega em domicílio faziam nos Estados Unidos, o empresário decidiu repetir o modelo por aqui. Enquanto esteve por lá, observou todos os processos. Desde a produção até a entrega, e idealizou como faria melhorias.

Um diferencial importante para que o negócio desse certo no Brasil foi o tipo de comida oferecida, a chinesa, mesmo Shiba sendo de origem japonesa. “Não havia delivery de comida chinesa no Brasil. Além disso, ela tem boa aceitação entre os brasileiros”, declara.

Quando voltou para o Brasil, em 1988, o empresário ainda passou mais quatro anos estudando e pesquisando a melhor forma de implantar o seu modelo de negócio.

Foi no bairro de Moema, na Zona Sul da capital paulista, que Shiba abriu a primeira unidade do China in Box. “Escolhi a região por ser um bairro vertical. Como faria entregas em domicílio, tinha de atingir o maior número de pessoas no menor espaço.”

Mesmo atuando em áreas operacionais nos Estados Unidos, o empreendedor nunca deixou de prestar atenção na rotina dos restaurantes, principalmente em questões que poderiam ser melhoradas.

A higiene da cozinha e dos alimentos, por exemplo, foi um dos problemas que Shiba identificou onde trabalhou nos EUA. “A forma que encontrei para solucionar foi deixar a cozinha à mostra para meus clientes.”

As cozinhas das unidades China in Box ficam separadas da área de atendimentos por um vidro, mas os consumidores podem observar todo o processo de preparação de seus pedidos, a higiene do local e até dos próprios funcionários que manuseiam os alimentos.

Para quem deseja empreender, mas ainda está dentro de uma empresa privada, o empresário recomenda buscar o máximo de informações sobre todas as áreas do seu local de trabalho. Estes dados podem dar ao futuro empreendedor uma boa noção de como funciona um negócio. “É importante conhecer a política de RH, plano de carreira, ter bom relacionamento pessoal e até saber o quanto a empresa investe”, diz.

Shiba conta que sempre sonhou em ter o próprio negócio. O exemplo vinha do pai, que, além de atuar como dentista, administrava a loja de materiais de construção da família. “Ele conciliava as duas funções. Caso o consultório sofresse uma baixa, não ficaríamos sem renda. Queria o mesmo para mim”, diz.

Com um objetivo em mente, o empresário manteve-se atento às oportunidades que surgiam. Com o sucesso do negócio, apareceram vários pedidos para transformá-lo em franquia. Shiba contratou uma consultoria e, em 2000, aderiu ao modelo e expandiu a rede.

O empresário também tornou-se sócio de um restaurante japonês, o Gendai. Em 2007, a administração da marca foi incorporada a do China in Box, o que deu origem ao grupo Trendfoods, do qual Shiba é o presidente.

Veja uma reportagem com Robinson Shiba: