Dezenas de emails chegam na minha caixa de correio mensalmente com a mesma pergunta: como obter a equivalência de diploma em Portugal, então ficam aí algumas dicas:

O que é necessário para trabalhar como dentista (médico dentista) em Portugal?

Para trabalhar legalmente como dentista em Portugal é preciso fazer a equivalência do Diploma Brasileiro em uma Faculdade Pública Portuguesa:

Diplomas extra curriculares auxiliam no processo de equivalência?

As pós-graduações, especialidades, mestrados e doutoramentos não ajudam em nada neste processo de legalização do diploma.
O que será avaliado é a Grade Curricular da graduação em Odontologia.

Tenho avós portugueses e italianos, pretendo fazer a nacionalidade portuguesa, isto facilita o processo de equivalência?

Ter ou não nacionalidade Européia para este processo é teoricamente indiferente.
Qualquer cidadão de qualquer parte do mundo tem direito de tentar a validação do diploma.
Para a equivalência do diploma não é necessário ter Nacionalidade Portuguesa ou Européia. Porém, para trabalhar em Portugal é preciso ter nacionalidade portuguesa ou o titulo de residência válido em Portugal.
São processos distintos. O processo de equivalência faz a validação do diploma e a inscrição na Ordem dos Médicos Dentistas, mediante a apresentação de um diploma válido em Portugal, permite o exercício da atividade.

Quais são os requisitos mínimos para pedir o processo de equivalência?

Para a candidatura ao processo de equivalência do diploma é preciso cumprir alguns requisitos, como um número mínimo de 4500 horas curriculares. As Universidades disponibilizam outras informações sobre estes requisitos, sendo diferente em cada uma delas.

As candidaturas que cumprem os requisitos mínimos exigidos por cada Universidade devem então ser apresentadas em uma das três faculdade supra citadas para avaliação pelo conselho científico. Se a candidatura ao processo for aceite, porém a equivalência for recusada, ao candidato será proposto a realização de uma prova.

A carga horária mínima não esta relacionada com a obtenção da equivalência. É requisito mínimo para avaliação curricular. O que quer dizer que quem não a tem nem sequer pode ser avaliado. A avaliação curricular nunca é suficiente, como se deve imaginar já que os cursos possuem um caráter curricular diferenciado. Então quem tem pelo menos 4500h, tem a equivalência negada e é proposto fazer uma prova.
A prova que permite a equivalência é bem difícil… São mais de 200 questões para responder em 3h.
Não há cursinho preparatório para as provas e nem material especifico. Há que procurar estudar pela grade curricular que há nos sites das universidades. Diz-se que na prova há muita matéria dos primeiros anos da faculdade e de disciplinas diferenciadas das existentes na maioria das Faculdades Brasileiras.

E se eu não conseguir a equivalência do diploma, o que posso fazer?

Aos que não conseguem a Equivalência pelos métodos tradicionais, resta como alternativa as Faculdades Particulares, que como no Brasil são fábricas de diplomas e aceitam todos os que estejam dispostos a pagar as propinas exigidas  são mais acessíveis para quem esteja disposto à pagar algo em torno de 800 Euros mensais. Nestes casos, o tempo de estudo pode variar de 2 à 4 anos para cumprir as matérias e carga horária necessárias.